Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe (1809-1849), poeta, crítico e
contista, nasceu em Boston, representando uma tendência à parte do movimento
geral do Romantismo nos EUA. A tendência dos escritores pelo fantástico,
pelo misterioso, pelo macabro. Cultivando na sua obra esses temas, Poe
personifica uma das tendências mais marcantes do movimento romântico
transplantado da Inglaterra para a América.
A vida de Edgar Allan Poe foi
marcada pelo sofrimento. Seus pais eram atores de teatro. Depois que Edgar
nasceu não se ouviu mais falar de seu pai. A mãe faleceu pouco tempo depois,
vítima de tuberculose. Ele e seus irmãos foram adotados por John Allan e sua esposa, prósperos
negociantes em Baltimore, onde Poe frequentou a escola primária. Depois estudou
na Inglaterra e, em seguida, na Universidade de Virgínia (EUA).
Desde cedo Poe demonstrou interesse
em ser escritor e isso desgostava o Tio Allan, que era um homem de negócios e
não se conformava com a determinação do garoto. Isso fez com que Poe crescesse
com o sentimento de que o tio o rejeitava.
Publicou seu primeiro livro de
poemas pouco depois de abandonar a Universidade. Dedicou-se à carreira militar,
sabendo que não poderia viver só de literatura. Mas não se adaptou à disciplina
militar e deixou a carreira das armas.
Passou a escrever para viver e se
tornou editor de uma conceituada revista de Richmond: a “Mensageiro Literário
do Sul”. Foi um período feliz na vida de Edgar. Casou-se com Virgínia, uma
prima bem jovem. Pouco depois, perdeu o emprego, passou por dificuldades
financeiras, a esposa adoeceu e, apesar de sua dedicação ao cuidar dela, ela
faleceu.
Edgar Allan Poe foi o mais
romântico dos principais escritores americanos. Em suas obras, ele não se
preocupava em abordar os problemas entre o bem e o mal, nem tampouco dar lições
de comportamento. Ele acreditava que, se fosse capaz de criar a beleza e tocar
a sensibilidade dos seus leitores, já era o bastante.
Os poemas mais famosos de Poe são
O corvo e Os sinos. Alguns críticos preferem “Para Helena” e “Annabel Lee”. O
poeta acreditava que nada seria mais romântico que um poema sobre a morte de
uma mulher bonita. Muitas de suas obras exploram a temática do sofrimento
causado pela morte de um amante. Outra característica de sua poesia é a
musicalidade, dando a impressão de que o som é mais importante que o sentido.
Edgar Allan Poe é considerado o
“criador” do conto policial, mas seu principal mérito está na habilidade com
que montava suas histórias. Ele as planejava como um bom arquiteto planeja um
edifício, envolvendo o leitor de tal maneira que o conduz “hipnoticamente” ao
desfecho da história. Isso revela o dualismo de sua arte e personalidade: de um
lado “visionário e idealista”, mergulhado em poemas de tristeza e narrativas de horror e
policiais. Um homem de vida conturbada, dominado pelo vício do álcool e excesso
de ópio. Por outro lado, era um “artesão exigente”, um escritor que orgulhava
de sua técnica e do racionalismo com
que criava suas histórias. É essa dualidade que o projeta como um dos mestres
da literatura mundial.
Principais Obras:
Contos
O gato preto, Ligéia, O coração
delator, A queda da casa de Usher, O poço e o pêndulo, Berenice, O barril de
Amontillado, Assassinato de Maria Roget, Os crimes da Rua Morgue, A Máscara da
Morte Escarlate, William Wilson, A carta roubada, O Retrato Oval.
Poemas
O Corvo e outros Poemas (1845),
Annabel Lee, A cidade do mar, Para Helena.
Fontes
POE, Edgar Allan. Biblioteca Universal Estados Unidos: Contos. São Paulo, Três, 1974, p. 09-15.
POE, Edgar Allan. Biblioteca Universal Estados Unidos: Contos. São Paulo, Três, 1974, p. 09-15.
Informações complementares: Vídeo informativo
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