quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Atividade complementar: A droga da Obediência



Após ler a obra "A droga da obediência", do escritor Pedro Bandeira, responda as questões citadas:












1. O que Magrí estava fazendo quando visualiza o "K" escrito na mão de Miguel? (0,5)

 (a) Jogando Xadrez;
b) Jogando videogame;
c) Ensaiando uma peça de teatro;
d) Jogando vôlei;
e) Na biblioteca.

2. O que os Karas fazem quando Chumbinho invade o esconderijo? (0,5)

a) Reclamam pelo atraso do garoto;
b) Discutem com ele;
c) Mandam-no embora;
d) Dão “boas vindas” a ele;
e) Escondem-se.

3. Quem era o oferecedor da Droga da Obediência? (1,0)
Resposta: __________________________________________________

4. Quando o detetive Andrade chega com a polícia na casa de Calu, atrás de Miguel, quem realmente abre a porta? (1,0)
Resposta: __________________________________________________

5. Qual o código que Chumbinho usa para deixar a mensagem aos Karas informando sobre o oferecedor da Droga da Obediência? (1,0)

a) O Código Vermelho;
b) Tênis-Polar;
c) Morse;
d) Miguel - Crânio;
e) Código Vermelho + Tênis-Polar.

6. Quem inventou a Droga da Obediência? (1,0)
Resposta: ___________________________________________________________

7. Quantos estudantes são sequestrados de cada escola? (1,0)
Resposta: ___________________________________________________

8. Qual o nome da empresa do Doutor Q.I.? (1,0)
Resposta:
___________________________________________________________

9. Quem foi o primeiro estudante sequestrado do Colégio Elite? (0,5)

a) Chumbinho;
b) Bronca;
c) Bino;
d) Miguel;
e) Rodriguinho.

10. O que Magrí finge ser e o que ela rouba do cadáver do Bronca dentro do necrotério? (0,5)

a) Enfermeira e um pedaço de papel em sua mão;
b) Amiga e o curativo que a mãe do Bronca fez nele;
c) Namorada e o curativo que antes estava no dedo do Chumbinho;
d) Amiga e ela apenas avalia o corpo;
e) Namorada e pela um pedaço de papel em seu bolso.

11. "Dsegi di Ebodaôlcai: Tosage! I chivo ó Mísaur Cirtósador." Quem escreve essa mensagem e por quê? (0,5)

a) Magrí, para avisar a Miguel sobre o desaparecimento de Chumbinho;
b) Miguel, para pedir a Calu que finja para os policias que ele está dormindo na casa de Magrí;
c) Crânio, para dizer a todos quem é o oferecedor da droga da obediência;
d) Chumbinho, para informar aos Karas tudo que sabia sobre a Droga da Obediência;
e) Miguel, comunicando a Crânio qual era a missão dele.

12. Qual o nome falso que Caspérides usa ao ser preso: (0,5)

a) João da Silva;
b) Antônio da Silva;
c) Carlos da Silva;
d) José da Silva;
e) Zé da Silva.

13. Quem era o detetive que espionava a polícia para o Doutor Q.I.? (0,5)

a) Detetive Mário;
b) Detetive Andrade;
c) Detetive Caspérides;
d) Detetive Rubens;
e) Zé da Silva.

14. Quem era o Doutor Q.I.? (0,5)

a) Detetive Rubens;
b) Detetive Andrade;
c) Caspérides;
d) Miguel;
e) Cardoso.

Biografia - Pedro Bandeira

Pedro Bandeira

Um dos principais autores brasileiros de literatura infanto-juvenil, Pedro Bandeira de Luna Filho  nasceu na cidade de Santos, em São Paulo, no dia 9 de março de 1942. Aí ele se envolveu seriamente com o teatro amador, campo no qual atuou até 1967 como intérprete, encenador e cenógrafo; nesta área ele também teve uma passagem pelo teatro de bonecos.
Em 1961 ele foi para São Paulo com o objetivo de cursar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, a USP. Nesta cidade ele encontra seu grande amor, Lia, com quem se casa e tem três filhos – Rodrigo, Marcelo e Maurício -, que lhe dão cinco netos: Michele, Melissa, Beatriz, Júlia e Érico.
Sua vivência na área de Comunicação – no Jornalismo e na Publicidade - teve início em 1962, quando o escritor ingressa no periódico Última Hora, passando posteriormente a trabalhar na Editora Abril, na qual circulou por várias revistas. Bandeira ressalta a importância de sua experiência jornalística para sua carreira literária, pois o profissional da imprensa é obrigado a dominar assuntos os mais diversos ao escrever sobre eles.
Pedro aprendeu, assim, a dedicar a cada público-alvo uma escrita distinta, desde os adolescentes até os profissionais especializados. Ele também buscou recursos na psicologia e na educação para compreender questões delicadas que envolvem o leitor infantil, tais como a idade em que as crianças vêem o pai como um herói, ou o momento em que esta imagem se desconstrói e a figura paterna é criticada e questionada.
Bandeira recebe então a proposta de criar uma coleção de livros para crianças. Sua primeira publicação é O dinossauro que fazia au-au, de 1983, já aclamado pelo leitor infantil. Seu grande sucesso literário, porém, foi a obra A Droga da Obediência, de 1984, direcionado para o público adolescente, no qual ele se especializou.
Esta obra é a primeira da série que ficará conhecida como Os Karas, integrada por A Droga da Obediência, Pântano de SangueAnjo da MorteA Droga do Amor e Droga de Americana!Seus personagens são detetives, um grupo clandestino que investiga eventos misteriosos.
Desde 1983, Pedro Bandeira vem devotando todo seu tempo para a prática da literatura. Sua fonte inspiradora são os inúmeros livros pelos quais o autor já navegou e sua própria experiência existencial. Ou, às vezes, ela brota até mesmo das cartas e mensagens que seus fãs lhe enviam toda semana.
Hoje este escritor é um dos que mais vende livros na faixa adolescente – pelo menos 8,6 milhões de exemplares até 2002. Além disso, ele também realiza conferências em todo o país, especialmente para professores, sobre leitura e alfabetização. Bandeira publicou, até agora, mais de 50 obras, entre as quais se destacam: A marca de uma lágrima, A Hora da verdade, Descanse em paz, meu amor, Prova de Fogo, entre outros.
Autor amplamente premiado, já conquistou, entre outros, o Prêmio APCA, conferido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Prêmio Jabuti, oferecido pela Câmara Brasileira do Livro. Hoje ele vive em São Roque, ao lado da família.

Fonte:
http://www.e-biografias.net/biografias/pedro_bandeira.php

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Intertextualidade - Conto maravilhoso - 6º ano

Texto 1: Chapeuzinho Vermelho de raiva                                            

- Senta aqui mais perto, Chapeuzinho. Fica aqui mais pertinho da vovó, fica.
 - Mas vovó, que olho vermelho... E grandão... Queque houve?
 - Ah, minha netinha, estes olhos estão assim de tanto olhar para você. Aliás, está queimada, hein?

 - Guarujá, vovó. Passei o fim de semana lá. A senhora não me leva a mal, não, mas a senhora está com um nariz tão grande, mas tão grande! Tá tão esquisito, vovó.
 - Ora, Chapéu, é a poluição. Desde que começou a industrialização do bosque que é um Deus nos acuda. Fico o dia todo respirando este ar horrível. Chegue mais perto, minha netinha, chegue.
 - Mas em compensação, antes eu levava mais de duas horas para vir de casa até aqui e agora, com a estrada asfaltada, em menos de quinze minutos chego aqui com a minha moto.
 - Pois é, minha filha. E o que tem aí nesta cesta enorme?
 - Puxa, já ia me esquecendo: a mamãe mandou umas coisas para a senhora. Olha aí: margarina, Helmmans, Danone de frutas e até uns pacotinhos de Knorr, mas é para a senhora comer um só por dia, viu? Lembra da indigestão do carnaval?
 - Se lembro, se lembro...
 - Vovó, sem querer ser chata.
 Ora, diga.
 - As orelhas. A orelha da senhora está tão grande. E ainda por cima, peluda. Credo, vovó!
 - Ah, mas a culpada é você. São estes discos malucos que você me deu. Onde á se viu fazer música deste tipo? Um horror! Você me desculpe porque foi você que me deu, mas estas guitarras, é guitarra que diz, não é? Pois é; estas guitarras são  muito barulhentas. Não há ouvido que agüente, minha filha. Música é a do meu tempo. Aquilo sim, eu e seu finado avô, dançando valsas... Ah, esta juventude está perdida mesmo.
 - Por falar em juventude o cabelo da senhora está um barato, hein? Todo desfiado, pra cima, encaracolado. Que qué isso?
 - Também tenho que entrar na moda, não é, minha filha? Ou você queria que eu fosse domingo ao programa do Chacrinha de coque e com vestido preto com bolinhas brancas?
 Chapeuzinho pula para trás:
 - E esta boca imensa???!!!
 A avó pula da cama e coloca as mãos na cintura, brava:
 - Escuta aqui, queridinha: você veio aqui hoje para me criticar é?!

 (Mario Prata)


Texto 2: Chapeuzinho Preto

Era uma vez, numa vila perto de uma floresta bem escura, uma menina de olhos e cabelos negros. Todo mundo gostava dela, e a avó dela mais ainda, tanto que decidiu fazer uma pequena capa com capuz para ela. 
A roupa era muito elegante, toda de veludo negro, e a menina andava para cima e para baixo com ela. Por conta disso, as pessoas começaram a chamá-la de Chapeuzinho Preto. 
        Um dia, a mãe de Chapeuzinho disse: 
        “Filha, leve estas jabuticabas para sua avó, que vive lá no meio da floresta.” 
        “Pode deixar, mamãe, eu vou e volto num minuto.” 
        “Mas olhe, não saia do caminho porque a floresta é perigosa.” 
          Então a menina colocou as jabuticabas numa cesta, deu um beijo na mãe e partiu. No caminho, ela cantava: 

“Pela estrada afora, 
Eu vou depressinha, 
Levar essas frutas 
Para a vovozinha.” 

           Chapeuzinho entrou pela floresta. A cada passo as árvores se fechavam e a mata ficava mais escura. Mas ela não sentia medo e apenas cantava sua musiquinha. 
          Assim foi até que, de repente, o Lobo saiu de trás de uma moita e falou: 
        “Bom dia, menina do Chapeuzinho Preto.” 
        “Bom dia, senhor.” 
        “O que você leva nesta cesta?” 
        “Algumas jabuticabas.” 
        “Hum! São para mim?” 
        “Não, elas são para a minha avó, que vive no meio da floresta.” 
         Naquela hora o Lobo pensou: “Minha fome é interminável. Um dia, com certeza, eu comerei esta pequena.” 
        Mas ele não queria comer Chapeuzinho ali, no meio do caminho, pois as refeições devem ser feitas nas horas certas. 
        Então ele disse: “Está vendo aquela trilha? Ela também vai até a casa de sua avó. É um pouco mais comprida, mas está cheia de tulipas. Por que você não vai por ali e leva umas flores para ela” 
        “Supimpa, senhor! Vou fazer isso mesmo!” 
        Assim, enquanto Chapeuzinho pegou o outro caminho, o Lobo foi por um atalho até a casa da avó. Quando lá chegou, tocou a campainha: 
      “Blem, blem, blem.” 
      “Quem é?”, perguntou a velhinha lá de dentro. 
      “Sou eu, sua netinha”, falou o Lobo disfarçando a voz. “Vim trazer jabuticabas para a senhora.” 
      A Vovó então pôs seus óculos e abriu a porta. 
     Quando viu que era o Lobo e não Chapeuzinho quem estava lá, falou: 
     “Ah, é você? Sabia que viria me buscar um dia. 
     Entre, não repare na bagunça.” 
     Depois de dar um suspiro, o Lobo engoliu a avó e deitou na cama para esperar Chapeuzinho. 
      A menina vinha andando lentamente pela mata, mas tão lentamente que nem viu o tempo passar. 
      Finalmente, quando chegou à casa da avó, tocou a campainha: 
     “Blem, blem, blem.”

     “Quem é?”, perguntou o Lobo lá de dentro, com voz rouca. 
     “Sou eu, sua netinha, vovó.” 
     “Entre, querida.” 
     Chapeuzinho abriu a porta e foi até a cama da avó. O Lobo estava embaixo das cobertas e usava touca, de modo que só se podia ver uma parte do seu rosto. Percebendo que havia alguma coisa estranha por ali, ela foi se olhar no espelho. 
      Foi aí que ela viu que tinha passado muito tempo colhendo tulipas. Tanto tempo que já era uma mulher. Então, olhando no espelho, ela perguntou para ela mesma: 
“Por que eu tenho orelhas tão grandes?” 
E ela se respondeu: “É porque passei muito tempo na mata e elas cresceram.” 
         “E estes olhos tão grandes?” 
         “É porque agora posso ver mais coisas.” 
          “E estas mãos tão grandes?” 
          “E porque agora posso alcançar o que antes não alcançava.” 
          “E este nariz tão grande?” 
          “É porque agora sou dona do meu próprio nariz.” 
          “E essa boca tão grande?” 
           É porque já posso falar por mim mesma”, disse Chapeuzinho. 
           Depois disso ela virou-se para o Lobo e perguntou: 
          “Onde está minha vovó?” 
          “Eu a engoli”, respondeu ele. 
           “E quem é você?” 
           “Sou o Lobo dos lobos. As pessoas me chamam de Tempo.” 
           “Você também vai me engolir?” 
           “Vou, mas não agora. Vamos comer estas jabuticabas?” 
            Então eles comeram bastante e tiraram uma sonequinha. Como estavam com a barriga cheia, começaram a roncar alto, mas tão alto que um caçador que estava andando por ali escutou o barulho e resolveu dar uma olhada. 
          Quando abriu a porta, o Caçador, que já era bem velho, colocou balas em sua espingarda e deu dois tiros no Lobo. Mas as balas passaram por ele e não lhe fizeram nenhum estrago. Aí o Caçador perguntou: 
        “Lobo maldito!, o que posso fazer para vencê-lo?” 
        “Isso é impossível, caro Caçador, mas nós podemos ser amigos.” 
        “Como?, se um dia você vai me engolir?” 
        “Ora, vamos ser amigos enquanto esse dia não chega.” 
         E dizendo isso o Lobo pegou as duas jabuticabas que sobraram, deu a menor para o Caçador e a maior para Chapeuzinho, e saiu pela janela dizendo: 
        “Até breve.” 
         E, assim, todos ficaram felizes: 
         O Caçador porque reconheceu que não podia vencer o Lobo. 
         A Vovó porque teve uma vida feliz e demorou para ser engolida. 
        E Chapeuzinho Preto porque aprendeu uma lição: 
        “Deve-se comer as jabuticabas sem pressa.” 
(José Roberto Torero)