quarta-feira, 15 de março de 2017

Mitologia: atividades

Compreensão de texto.

Leia atentamente o texto citado para depois responder às questões:









                                                                     ECO e NARCISO

                Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem pensar. Não conseguia ouvir em silêncio quando alguém estava falando. Sempre se intrometia e interrompia, nem que fosse para concordar e repetir o que o outro dizia. Um dia, fez isso com a ciumenta deusa Juno, quando ela andava pelos bosques furiosa, procurando o marido Júpiter, que brincava com as ninfas. A tagarelice de Eco atrasou a poderosa Juno, que resolveu:
                - De agora em diante, sua língua só vai servir para o mínimo possível.
                E a partir desse dia, a coitada da Eco só podia mesmo repetir as últimas palavras do que alguém dissesse. [...]
                Por isso, algum tempo depois, quando ela viu um rapaz belíssimo e se apaixonou por ele, tratou de ir atrás sem dizer nada, em silêncio. Esse rapaz se chamava Narciso e dizem que foi o homem mais bonito e deslumbrante que já existiu. Todo mundo se enamorava dele, que nem ligava.
                Eco ficou louca por Narciso e o seguia por toda parte. Bem que tinha vontade de se aproximar e confessar seu amor, mas não tinha mais sua própria fala... [...] Só lhe restava ficar escondida, por perto, esperando que ele dissesse alguma coisa que ela pudesse repetir.
                Um dia, o belo Narciso estava passeando no bosque com uns amigos, mas se perdeu do grupo e não conseguiu encontrá-los. Começou a chamar:
                - Tem alguém aqui?
                Era a chance da ninfa! E ela logo respondeu, ainda escondida:
                - Aqui! Aqui!
                Espantado, Narciso olhou em volta e não viu ninguém. Chamou:
                - Vem cá!
                Ela repetiu:
                - Vem cá! Vem cá!
                [...]
                O rapaz não desistiu:
                - Vamos nos encontrar...
                Toda feliz, Eco saiu do meio das árvores e correu para abraçá-lo repetindo:
                - Vamos nos encontrar...
                Mas ele fugiu dela, gritando:
                - Pare com isso! Prefiro morrer a deixar que você me toque!
                A pobre Eco só podia repetir:
                - Que você me toque... que você me toque...
                E saiu correndo, triste e envergonhada, para se esconder no fundo de uma caverna. Sofreu tanto com essa dor de amor, que foi emagrecendo, definhando, até perder o corpo, desaparecer por completo e ficar reduzida apenas a uma voz, repetindo as palavras dos outros – isso que nós chamamos de eco.
                Narciso continuou sua vida, sempre da mesma maneira. Sem ligar para ninguém, nunca se importando com os outros, brincando com o sentimento alheio. Até que alguém, que ele fez sofrer muito, rezou para Nêmesis, a deusa do Destino, e pediu:
                - Que ele possa amar alguém tanto como nós o amamos! E que também seja impossível que ele conquiste seu amor!
                Nêmesis ouviu essa oração. Achou que era justa e resolveu atender ao pedido.
                Havia no fundo do bosque um laguinho de águas cristalinas e tranquilas, onde nunca vinha um animal beber água e não caíam folhas ou galhos secos – um verdadeiro espelho. Era cercado por uma grama verdinha e macia, e muito fresco. Um lugar gostosíssimo. Um dia, no meio de uma caçada, Narciso passou por ali. Com sede resolveu tomar um pouco d´água. Deitando na margem, com a cabeça debruçada sobre o lago, ficou encantado pelo belíssimo reflexo que via. Nunca tinha se visto num espelho e não sabia que era a sua própria imagem. Mas imediatamente se apaixonou, maravilhado por tanta beleza. Ficou ali parado, contemplando aquele rosto mais bonito do que jamais vira. [...]
                Os amigos apareceram para procurá-lo, mas ele não deu atenção. Chamaram-no para ir embora, mas ele ficou. Olhando o reflexo no lago. [...]
                Muito tempo Narciso ficou ali, sem comer nem dormir, admirando aquele ser por quem estava tão apaixonado. Chorou – e suas lágrimas caíram sobre a imagem, que chorava com ele, e ficou turva.
                - Ai de mim! – gemia ele.
                A única resposta que tinha era de Eco, sempre escondida:
                - Ai de mim!
                Desinteressado de tudo, cada vez mais fascinado por si mesmo, foi definhando. Ao perceber que ia morrer, suspirou:
                - Adeus!
                Fechou os olhos, deixou cair a cabeça sobre a grama. Na água, o rosto sumiu. Só Eco respondeu:
                - Adeus!
Mais tarde, os amigos voltaram. Mas já o encontraram morto. Prepararam tudo para o funeral, mas, quando vieram pegar o corpo, não estava mais lá. Em seu lugar nascera uma flor perfumada e linda, com uma estrela de pétalas brancas em volta de um miolo amarelo. Para sempre chamada de narciso.

                                                         Ana Maria Machado – Histórias greco-romanas – Editora  FTD


1. Indique os protagonistas da história.
2. Quem são os antagonistas das personagens principais?
3. Qual é a característica mais marcante de cada protagonista?
4.  De que maneira essa característica interfere no destino de cada um?
5. O mito de Narciso tornou-se tão conhecido que até hoje se usa o adjetivo narcisista. Lembrando-se da história, explique o que esse adjetivo quer dizer.
6. Os mitos são histórias antigas, de uma época em que os homens acreditavam que seres sobrenaturais ou deuses ainda se ocupavam da criação do mundo ou de parte dele. Por isso o tempo não está claramente definido. Que expressões do texto comprovam um tempo não definido?
7. Alguns mitos tinham como objetivo explicar algum fenômeno natural. No caso da história de Eco e Narciso isso ocorre? Explique.
8. Em uma folha à parte (sulfite ou A3), produza  um desenho sobre uma cena retratada na história.

Conto maravilhoso: atividades

Conto de fadas para Mulheres Modernas




Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de autoestima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…
… E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a  priincesa sorria e pensava: – Eu, hein?… nem morta!
(Luís Fernando Veríssimo)

Compreensão do texto:

1. Pode-se afirmar que a princesa possui uma atitude típica das heroínas de contos de fada? Explique sua resposta.

2. Em um conto de fada clássico, qual seria o desfecho desse conto?

3. Qual o conceito de “Felizes para sempre” para o príncipe?

4. Em sua opinião, qual o conceito de felicidade na visão da princesa?

5. Quais adjetivos são usados para definir a princesa? Esses adjetivos condizem com a atitude que ela toma no fim do conto? Justifique.

6. O título do texto nos dá ideia do que encontraremos nesse conto? Caso sim, explique qual a posição da mulher moderna?

7. Qual o dito popular que define melhor a ideia central do conto de Luís Fernando Veríssimo?

(a) Melhor um na mão do que dois voando.
(b) Sempre existe um sapato velho para um pé doente.
(c) Antes só do que mal acompanhada.
(d) Quem ama o feio bonito lhe parece.

(e) Quem cospe para cima na cara lhe cai.

Dissertação: atividades

Leia, analise e responda às questões sobre o gênero textual dissertativo.


1. São características da dissertação:
a) Defesa de uma tese através da organização de dados, fatos, ideias e argumentos em torno de um ponto de vista definido sobre o assunto em questão. Nela, deve haver uma conclusão, e não apenas exposição de argumentos favoráveis ou contrários sobre determinada ideia.
b) Os eventos são organizados cronologicamente, com uma estrutura que privilegia os verbos no pretérito perfeito e predicados de ação relativos a eventos que se referem à primeira ou à terceira pessoa. Presença de enunciados que sugerem ação e novos estados.
c) Predominância de caracterizações objetivas (físicas, concretas) e subjetivas (dependem do ponto de vista de quem as descreve) e uso de adjetivos. Os tipos de verbos mais comuns na estrutura do texto são os verbos de ligação.
d) Tipo textual marcado por uma linguagem simples e objetiva, sendo que um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, típicos de uma atitude coercitiva.

2. Analise o fragmento:
"Acho que não pode haver discriminação racial e religiosa de espécie alguma. O direito de um termina quando começa o do outro. Em todas as raças, todas as categorias, existe sempre gente boa e gente má. No caso particular dessa música, não posso julgar, porque nem conheço o Tiririca. Como posso saber se o que passou na cabeça dele era mesmo ofender os negros? Eu, Carmen Mayrink Veiga, não tenho ideia. Mas o que posso dizer é que se os negros acharam que a música é uma ofensa, eles devem estar com toda razão."   (Revista Veja)
a) A argumentação, desenvolvida por meio de clichês, subtende um distanciamento entre o eu/enunciador e o ele/negros.
b) A argumentação revela um senso crítico e reflexivo, uma mente que sofre com os preconceitos e, principalmente, com a própria impotência diante deles.
c) A argumentação, partindo de visões inusitadas, mas abalizadas na realidade cotidiana, aponta para a total solidariedade com os negros e oprimidos.
d) O discurso altamente assumido pelo enunciador ataca  rebeldemente a hipocrisia social, que mascara os preconceitos.
 e) Impossível conceber, como desse mesmo enunciador, essa frase: "Sempre trabalhei como uma negra", publicada semanas antes na mesma revista.

Ø  Leia a informação seguinte:
A revolução digital

Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro. Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação. Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde.
O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose. Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons. A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita. E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.
Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de ideias que gera novos textos. A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios.
Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia desses”.
            Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico. O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”.

SOUZA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo, São Paulo, 6 de maio de 1996. Caderno Brasil, p. 2.

3. Com base na leitura feita, é correto afirmar que o objetivo do texto é:

a) defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos.
b) discutir as implicações da era digital no uso da escrita.
c) descrever as vantagens e as desvantagens da internet na atualidade.
d) narrar a história do papel e do texto desde a antiguidade.

4. Sobre o texto dissertativo, é correto afirmar que:

a) Trata-se de um tipo de texto que descreve com palavras o que se viu e se observou. Tipo textual desprovido de ação, em que o ser, o objeto ou o ambiente são mais importantes. Valorização do substantivo e do adjetivo, que ocupam lugar de destaque na frase.
b) Tem como principal objetivo contar uma história, seja ela real ou fictícia e até mesmo mesclando dados reais e imaginários. Apresenta uma evolução de acontecimentos, ainda que sem linearidade ou relação com o tempo real.

c) Tipo de redação escrita em prosa sobre determinado tema, sobre o qual deverão ser apresentados argumentos, provas e exemplos a fim de que se chegue a uma conclusão para os fatos abordados.

terça-feira, 14 de março de 2017

Análise: O gato preto

O texto que você lerá é um trecho do conto “O gato preto”, de Edgar Allan Poe, um escritor admirado por muitas pessoas e que é considerado um mestre nos contos de mistério e terror. Sua obra, escrita em inglês, já foi traduzida para inúmeros idiomas e continua fascinando pessoas de diversas idades. Os textos de Poe foram adaptados para o cinema e para o teatro e influenciaram grandes escritores.

O gato preto 


Não espero que acreditem na história que vou contar. Eu seria louco se esperasse por isso... E não estou louco e muito menos sonhando. Mas vou morrer amanhã e preciso fazer uma confissão para aliviar a minha alma. Meu objetivo é mostrar ao mundo uma série de acontecimentos domésticos cujas consequências me deixaram apavorado e destruído. Para mim, esses acontecimentos produziram horror. Outros podem considerá-los menos terríveis.
Desde pequeno me sobressaí pela doçura e humanidade de meu caráter. Eu tinha tanta bondade no coração que meus amigos caçoavam de mim. Eu gostava muito de bichos e meus pais então permitiram que eu tivesse vários animais de estimação. Ficava a maior parte do tempo ao lado deles, fazendo carinho e lhes dando comida. Com o passar dos anos, essa minha particularidade se acentuou, trazendo-me ainda mais prazer. Aos que já amaram um cachorro inteligente e fiel nem é preciso falar sobre satisfação, gratificação e recompensa. O animal tem um amor natural pelo homem, amor que vai direto ao coração de quem já teve muitas ocasiões de pôr à prova a amizade mesquinha e a frágil lealdade do Homem.
Eu casei ainda jovem e fiquei contente de encontrar em minha esposa um caráter parecido com o meu. Observando a minha afeição pelos animais domésticos, ela sempre procurava os de natureza mais agradável. Assim, tínhamos pássaros, peixinhos dourados, um cachorro muito bonito, coelhos, um macaquinho e um gato.
O gato era um lindo e enorme animal, todo preto, de incrível inteligência. Mesmo não sendo supersticiosa, minha esposa costumava comentar a antiga crença de que “gatos pretos são bruxas disfarçadas”. Não que isso fosse realmente o que ela acreditasse, mas é que me lembrei disso agora.
Ele se chamava Plutão e era meu animal de estimação preferido. Eu era a única pessoa que o alimentava. Plutão me seguia por todos os lugares da casa e, quando eu saía, ficava difícil impedi-lo de me acompanhar.
Nossa amizade durou muitos anos. Durante esse período, meu caráter e meu temperamento mudaram muito... E para pior. Fui ficando mais mal-humorado e irritado a cada dia, sem me importar com os sentimentos dos outros. Passei a ofender minha esposa e isso me causava um enorme sofrimento. Depois, parti para a violência não só contra ela, mas também contra os animais de estimação, os quais abandonei. Eu ainda sentia carinho por Plutão, o suficiente para não maltratá-lo. Mas o mesmo não acontecia em relação aos coelhos, ao macaquinho, e até ao cachorro, quando por acaso ou por afeto passavam pela minha frente. O mal – também conhecido por “álcool” – foi crescendo e até Plutão, mais velho e mal-humorado, começou a sentir o efeito do meu temperamento.
Uma noite, ao chegar em casa completamente bêbado, achei que o bichano evitava minha presença. Ao agarrar o gato, ele ficou assustado e mordeu levemente a minha mão. Na mesma hora fiquei possuído. Eu não era a mesma pessoa. Minha alma parecia ter saído de meu corpo, que tremia cada fibra movida a gim. Tirei então um canivete do bolso e, segurando o gato preso pela garganta, arranquei um de seus olhos! Sinto o rosto queimar de vergonha por ter praticado essa atrocidade. [...]

Edgar Allan Poe. In: Contos de terror e mistério. Adaptação de Telma Guimarães.
São Paulo: Editora do Brasil, 2010. p. 31-32.

1.   O primeiro parágrafo do texto apresenta vários indícios de que a história a ser narrada é extraordinária.
a)  Que estratégia é empregada no primeiro período do texto para surpreender o leitor?
b)  Transcreva a passagem em que o narrador mostra que os fatos a serem narrados são reais e não fruto de alucinações.
c)   A revelação de que a morte se aproxima pode surpreender o leitor. Por quê?
d)   Quais seriam as possíveis causas para a morte prevista?
e)   No parágrafo, o narrador está tomado  por que sentimento? Comprove sua resposta com uma passagem do texto.

2.   No segundo parágrafo, o narrador relata como era sua vida antes dos acontecimentos terríveis.  A insistência em falar sobre seu caráter doce e humano e a relação amorosa que mantinha com animais desperta que suspeitas no leitor?

3.   O texto relata a mudança de comportamento do narrador.
a) Que transformação marca a trajetória do narrador?
b) Que relação estabelecida pelo narrador é associada a essa transformação?
c) Qual é o verdadeiro motivo para a mudança de comportamento do narrador?

4.   O sétimo parágrafo do texto narra uma atrocidade cometida pelo narrador contra o gato Plutão.
a) Identifique o marcador temporal usado introduzir a narração.
b) Que maldade foi cometida?
c) O que despertou a ira do narrador?

5.   O texto de Poe usa vários elementos para criar uma atmosfera de horror e suspense. Que tal traduzir essas sensações para uma história em quadrinhos?
Lembre-se de harmonizar a parte verbal e a parte visual para captar os detalhes mais importantes da narrativa. Numa HQ:

ü  os desenhos constituem o plano de expressão visual e devem representar os elementos concretos da cena e da ação;
ü  o texto verbal aparece em balões de fala ou legendas de narração;
ü  os diálogos devem ser curtos.
ü  Seguem algumas dicas para fazer uma boa adaptação.
ü  Ler e reler o texto com muita atenção para conhecer bem todos os detalhes;
ü  Informar-se sobre o contexto da obra;
ü  Selecionar as passagens mais importantes para representar;
ü  Organizar os quadrinhos em sequência, observando a quantidade de quadrinhos e a ordem em que devem aparecer;
ü  Fazer o rascunho dos desenhos e incluir as legendas e os balões de fala;

ü  Colorir os desenhos de forma bem criativa.

terça-feira, 7 de março de 2017

Redação dissertativa: Produção de texto

Debatendo o tema e o colocando em prática!


PROPOSTA DE REDAÇÃO

  
“Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”, disse Malala Yousafzai, ativista paquistanesa de 16 anos, na sede das Nações Unidas, em 12 de julho de 2013. A adolescente, desde os 11 anos, luta pelo direito das meninas à educação em seu país, tendo sofrido um atentado terrorista por esse motivo.

No Brasil, o direito à educação é garantido por lei a todas as crianças e adolescentes, e melhorar a qualidade do ensino é o anseio da sociedade brasileira. Para tanto, é necessário o envolvimento de todos, professores, alunos, famílias, governantes, unidos em torno dessa meta.

Especialmente aos pais e professores é atribuído o papel de oferecer a melhor educação e, quando ocorrem problemas, a eles também é atribuída a responsabilidade. Muitas vezes, a própria sociedade se esquece de que há outro agente envolvido diretamente nesse movimento: o aluno. Maurice Tardif, pesquisador da área da educação, afirma: “Nada nem ninguém pode forçar um aluno a aprender se ele mesmo não se empenhar no processo de aprendizagem”.


  • A tirinha abaixo ilustra essa questão.


    https://novaescola.org.br/conteudo/3621/calvin-e-seus-amigos. Acesso em 22 de janeiro, 2017.



  




A partir da leitura realizada e de sua experiência, elabore um texto dissertativo-argumentativo, de até 30 linhas, em que você discuta: De que forma cada aluno é também responsável pela melhoria da educação e, consequentemente, pela mudança do mundo? 

Dê um título a seu texto.

Produção textual: conto

Proposta textual: Conto

O trecho abaixo se refere à parte 1 dos três capítulos do conto: “Martini seco”, de Fernando Sabino:



Martini seco  




           
Um homem e uma mulher entraram no bar, sentaram-se e pediram Martini seco. Enquanto o garçom os servia, ela foi ao telefone, ele foi ao toalete. Quando regressaram, ao tomar a bebida, a mulher caiu fulminada.
            Aproveitando a confusão que se seguiu, o homem desapareceu. A princípio, a polícia supôs que se tratasse de um suicídio. Na bebida ingerida havia uma dose mortal de estricnina. Apuraram a identidade da mulher, localizaram e prenderam seu amante. Era ele.
            O homem defendeu-se como pode:
            - Foi suicídio – repetia desesperado.
            Então por que você fugiu?
            - Nessas horas a gente não pensa em nada, perde a cabeça.
            - Você se aproveitou da ausência dela para pôr o veneno.
            - Ela é que se aproveitou da minha ausência para se matar.
            - Por que ela havia de se matar?
            - Vivia dizendo que acabava fazendo uma loucura e que a culpa seria minha. Fez de propósito, para me culpar.
            - Você quer dizer que alguém é capaz de morrer de propósito só para pôr a culpa noutro?
            - De que não é capaz uma mulher?
            - Isso não prova nada: a culpa foi sua mesmo.
            Ele acabou confessando.
            No julgamento, porém, surpreendeu a todos, novamente alegando inocência, a confissão havia sido extorquida sob tortura. Foi absolvido por falta de provas. E ninguém mais teve notícias dele.
(Fernando Sabino. A faca de dois gumes. 17ª edição, 2002)

Proposta textual:

Imaginar a continuação da história de modo a demonstrar quem matou a mulher: foi o acompanhante? Foi o garçom? Foi suicídio? Foi alguém que não apareceu na história?

Decidir sobre quais recursos utilizará: figuras de linguagem como onomatopeia, ironia, metonímia, por exemplo.

Elaborar a estrutura da história: os elementos e momentos da narrativa, como tipo de narrador, espaço, tempo, conflito, desfecho...

Produzir o conto de maneira a surpreender o leitor.

Apresentar rascunho e versão final.

Não ultrapassar o limite entre 20 e 45 linhas.

Usar linguagem adequada ao assunto abordado.


Obs. O título deverá ser o mesmo do conto original.