terça-feira, 8 de agosto de 2017

texto de opinião: resenha crítica


Resenha crítica/Resenha descritiva
resenha é um gênero textual sucinto, cuja principal característica é tecer, de maneira breve, uma crítica sobre determinado assunto. ... Se a resenha tiver como assunto uma obra literária, não permita que motivos externos à obra, como a falta de simpatia pelo escritor ou pela editora, transpareçam em sua opinião.

Tipos de resenha
No geral, o texto resenha deve conter uma análise e um julgamento, seja de verdade ou de valor. Por tratar-se de um resumo crítico, este tipo de texto exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, pois só assim poderá avaliar e julgar a obra criticamente.
Uma resenha pode ser descrita ou crítica (opinativa):

Resenha descritiva
Neste tipo de resenha, a apreciação, ou julgamento é feito em cima das ideias do autor, isto é, da consistência e pertinência de suas colocações ao longo da descrição da obra. Neste caso, trata-se de um julgamento de verdade. A resenha descritiva pode ser encontrada nos resumos de livros técnicos, também denominadas resenhas técnicas ou científicas.

Resenha crítica ou opinativa
Na resenha crítica ou opinativa, o conteúdo é apresentado mais detalhadamente do que na resenha descritiva. O ato de explorar mais profundamente os detalhes ocorre devido à necessidade de que o autor fundamente as suas críticas, sejam elas positivas ou negativas. Além de resumir o objeto, o autor da resenha crítica faz uma avaliação sobre ele. Assim sendo, trata-se de um texto de informação e de opinião. Circula normalmente em jornais, revistas.

Em uma resenha devem constar os seguintes itens:
·         O título;
·         A referência bibliográfica da obra;
·         Dados bibliográficos do autor da obra resenhada;
·         O resumo ou síntese do conteúdo;

·         A avaliação crítica.

Dica complementar:

Texto de opinião: recursos e estratégias


O texto de opinião que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.


Principais características do artigo de opinião

  •       Título do texto, geralmente polêmico ou provocador;     
  • Exposição de uma ideia ou ponto de vista sobre determinado assunto;      
  • Apresenta-se em três partes: exposição, interpretação e opinião. 
  • Possui um parágrafo introdutório, no qual os elementos principais da ideia são apresentados; o desenvolvimento, no qual são expostos os argumentos em defesa de um ponto de vista a ser defendido; e a conclusão, onde ocorre o fechamento das ideias discutidas ao longo do texto; 
  •  Predominância dos verbos no tempo presente;      
  • Utilização de linguagem objetiva (3ª pessoa) ou subjetiva (1ª pessoa);      
  • Deve obedecer à linguagem padrão, devendo-se evitar as marcas utilizadas na oralidade.


Além das principais características de um artigo de opinião, existem também os procedimentos argumentativos dos quais o autor pode utilizar-se para alcançar o objetivo de convencer o leitor. Conheça alguns destes procedimentos:




  •        Estabelecer uma relação de causa e consequência;
  •       Comparar épocas e lugares;
  •  Construção antecipada de contra-argumentos, ao antecipar uma possível crítica dos leitores (lembre-se que, também por este motivo, é muito importante que, ao escrever, o autor saiba a qual público o texto se destina);
  •       Estabelecer a interlocução com o leitor;
  •       Produzir afirmações de efeito.


*        Dicas de recursos argumentativos:

*



texto e estratégias argumentativas - crônica argumentativa


Crônica argumentativa com diálogo


Vídeo explorando argumentação:

Redigir textos opinativos: Crônica argumentativa e texto de opinião.

Crônica: O único animal (Luís Fernando Veríssimo)

A crônica argumentativa é um tipo de texto em que a argumentação é a sua principal marca. Ela é muito utilizada pelos meios de comunicação, sobretudo os jornais e as revistas, as quais podem ser do gênero narrativo, dissertativo ou descritivo. Em resumo, a crônica argumentativa funde aspectos da crônica e dos textos argumentativos e se aproxima do Artigo de Opinião. Os cronistas, autores que escrevem as crônicas, expressam nesse tipo de texto um tema e sua posição, ponto de vista ou juízo de valor sobre tal assunto.

Como Fazer uma Crônica Argumentativa?

Para elaborar uma crônica argumentativa, primeiramente escolha um tema contemporâneo que queira abordar, seja a fome no mundo, o aumento do preço do tomate, a economia brasileira atual, uma briga entre vizinhos, o aumento do trânsito nas grandes cidades, dentre outros. Feito a escolha, leia sobre o assunto, organize suas ideias e selecione argumentos.
Lembre-se que a crônica argumentativa tem que apresentar argumentos, senão trata-se de um texto meramente informativo. Uma importante característica das crônicas é o acentuado teor crítico, com presença de humor, ironia e sarcasmo.

A crônica  argumentativa narra uma breve história, com personagens, tempo e espaço. Ela pode conter discursos diretos (com marca da fala dos personagens, por exemplo, o uso de travessão), indiretos (palavras dos personagens proferidas pelo narrador, ao invés de utilizar as marcas pessoas) e os indiretos livre (fusão dos dois tipos de discursos: direto e indireto).

Características
*      As principais características de uma crônica argumentativa são:
*      Argumentação e persuasão.
*      Linguagem coloquial, simples e direta.
*      Textos relativamente curtos.
*      Temas cotidianos e polêmicos.
*      Crítica, humor e ironia.
*      Induz a reflexão.
*      Subjetividade e criatividade.
*      Fusão do estilo jornalístico e literário.
*      Poucos personagens.
*      Tempo e o espaço limitados.

*      Caráter contemporâneo.

O texto de opinião - Carta de reclamação

Objetivo:
Escrever carta  a autoridades/opinar sobre acessibilidade entre outros temas que envolvem cidadania.
Vídeo: Acessibilidade


Carta de reclamação:

A carta de reclamação,assim como os demais gêneros textuais, cuja natureza se expressa pelo caráter argumentativo (manifesto, carta argumentativa, abaixo-assinado, carta de leitor, entre outros), possibilita ao emissor se posicionar frente a um destinatário específico e expor seus posicionamentos acerca de um determinado assunto. 

Assim, dada a finalidade discursiva que ora se atribui ao gênero em questão, cumpre afirmar que em se tratando da linguagem, essa deve se primar pelo padrão formal.

Não raro, a clareza, a objetividade e a precisão representam elementos essenciais à qualidade do discurso, uma vez materializado seguindo uma estrutura normalmente preestabelecida:

* Local e data;

* Identificação do destinatário – por se tratar de alguém notadamente especificado, o uso do pronome de tratamento adequado se torna indispensável;

* Vocativo;

* Corpo do texto, seguido de argumentos que justifiquem o discurso manifestado;

* Expressão de despedida;

* Assinatura;/ Nome do remetente.


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Exercícios de revisão - 6º ano



Classes gramaticais abordadas:
Adjetivo e substantivo.




As atividades seguintes servirão de suporte para estudo da avaliação bimestral. Resolva-as  esclarecendo suas dúvidas.

1. Reescreva cada oração transformando a locução adjetiva em adjetivo simples:

A) As atitudes de criança dele foram o suficiente para que perdesse todos os privilégios naquele emprego.
B) Foi feita uma pesquisa  por faixa de idade para saber o gosto de cada funcionário.
C) Aquela menina aparentava ter rosto de anjo, mas suas atitudes causavam arrepios.
D) Não frequentava praias, pois tinha muito medo da água do mar.
E) Participou ativamente do grêmio de estudante da escola.

2. Indique quais são os adjetivos pátrios referentes aos lugares citados:

A) Ásia:
B) Salvador:
C) Campinas:
D) São Paulo (capital):
E) Rio de Janeiro (capital)
F) Curitiba:
G) Rio Grande do Sul:
H) Afeganistão:

3. Classifique cada oração com relação ao grau do adjetivo em comparativo de:
Igualdade
Superioridade
Inferioridade

A) Essa noite será mais agradável que a de ontem.
B) Minha cidade tem menos recurso que a sua.
C) Somos tão competentes  um quanto o outro.
D) Paris é mais iluminada que Nova Iorque.
E) São Paulo é tão violenta quanto Rio de Janeiro.

4. As orações seguintes se encontram no grau absoluto analítico. Elas deverão ser reescritas de modo a prevalecer o grau absoluto sintético:

A) Trata-se de um homem muito reservado.
B) Esta noite está muito agradável.
C) É uma instituição extremamente dedicada às causas sociais.
D) Com apenas três aninhos, o garoto já era bastante agitado.
E) As condições de vida na África são de muita pobreza.

5. Analise os substantivos seguintes. Posteriormente, assinale as opções de classificação em que eles se encaixam:

A) Desesperança:

(   ) abstrato    (   ) concreto   (   ) simples    (    ) composto   (   ) comum   (    ) próprio     (    ) coletivo

B) Criançada:

(   ) abstrato    (   ) concreto   (   ) simples    (    ) composto   (   ) comum   (    ) próprio     (    ) coletivo

C) Mesa:

(   ) abstrato    (   ) concreto   (   ) simples    (    ) composto   (   ) comum   (    ) próprio     (    ) coletivo

D) Trem:

(   ) abstrato    (   ) concreto   (   ) simples    (    ) composto   (   ) comum   (    ) próprio     (    ) coletivo

E) Girassol:

(   ) abstrato    (   ) concreto   (   ) simples    (    ) composto   (   ) comum   (    ) próprio     (    ) coletivo

F) Multidão:

(   ) abstrato    (   ) concreto   (   ) simples    (    ) composto   (   ) comum   (    ) próprio     (    ) coletivo


6. Classifique os substantivos grifados quanto ao gênero em uniforme:

Sobrecomum
Comum de 2 gêneros
Epiceno

A) As crianças podem trazer brinquedos de sexta-feira para a escola.
B) Frentistas e motoristas têm parceria naquele posto da avenida.
C) O jacaré fêmea foi capturada para tratamento e devolvida ao seu habitat natural em seguida.
D) O esqueleto de um animal primitivo foi encontrado naquela caverna.
E) Jovens estão cada vez mais envolvidos na política de seu país.

7. Atribua a cada coletivo, o substantivo correspondente:

A) Caravana:
B) Atlas:
C) Constelação:
D) Discoteca:
E) Pinacoteca:
F) Acervo:
G) Biblioteca:
H) Multidão:
I) Assembleia:
J) Classe:
K) Matilha:
L) Ramalhete:
M) Feixe:
N) Enxoval:


Bons estudos!






Exercícios de revisão - 7º ano













 Classes gramaticais abordadas: Advérbio, conjunção e preposição.


  • Analise e responda as questões seguintes, pois elas servirão de suporte para estudo da avaliação bimestral.


1.  Identifique as preposições sublinhando-as e indique as relações de sentido que elas estabelecem nas seguintes expressões:

Casa entre arvoredos:________________________________
Prancha de surfe: ____________________________________
Papel de embrulho: __________________________________
Veneno contra ratos: _________________________________
Óleo para bronzear: __________________________________
Livro de Monteiro Lobato: ____________________________
Viagem de trem: _____________________________________
Viagem para Portugal: ________________________________
Campo de futebol: ___________________________________

2. Preencha as lacunas utilizando preposições adequadas:

A) Cheguei hoje ____  São Paulo e vou viver ______ Bragança. 
B) Viemos _____  casa até a escola _____ pé.
C) A minha mãe foi ______ a escola falar com o meu diretor.
D) Vim ____ Recife trabalhar.
E) Estas férias irei ____  França,  Estados Unidos e  Lisboa. 

3. Grife as preposições que sofreram contração. Em seguida, indique a formação delas, citando inclusive as classes gramaticais que as compõe:

A) Naquela cidade interiorana, as vizinhas tomavam conta da vida alheia.
B) No Brasil, a política vai de mal a pior.
C) Nesta semana foram visitadas as obras de Portinari por excursões de várias escolas públicas.
D) Voltamos da violenta cidade do Rio de Janeiro assustadíssimos.
E) Daquele dia em diante, decidimos não mais nos falar.

4. Analise os ditados populares. Em seguida, reescreva-os de maneira a ampliá-los. Utilize para tanto conjunções coordenadas do quadro. Fique atento para o uso do correto desses conectivos. Faça as adaptações necessárias.


A) "Deus ajuda quem cedo madruga."
B) "Quem dá aos pobres, empresta a Deus."
C) "Casa de ferreiro, espeto de pau."
D) "Faça o bem sem olhar a quem."
E) "Para bom entendedor, meia palavra basta."

5. Indique a conjunção que liga as orações entre si. Grife-as e, classifique cada uma delas de acordo com a lista seguinte:

A) O esforço foi enorme no trabalho. Vou recompensado por sua atitude.
B) Trovejou a madrugada toda. Não choveu.
C) Precisou ler o livro às pressas. Haveria prova no dia seguinte.
D) Ou escolho a brisa da praia nas férias. Escolho o ar agradável das montanhas.
E) Viajou para fazer compras. Trouxe muitos presentes para os familiares.

6. Transcreva os advérbios das orações. Qual a circunstância expressa por cada um deles?

A) Viajamos apressadamente para Minas Gerais.
B) Certamente ele virá nos visitar nas férias.
C) Estava mal por ter comido peixe naquele restaurante pouco confiável.
D) Talvez ele viaje conosco.
E) Gosto bastante de você.
F) Aqui no Brasil as coisas são quase sempre deixadas para a última hora.
G) Sempre a vejo na orla da praia de Ipanema.


7. Indique a circunstância expressa pelas locuções adverbiais grifadas:

A) Viajou ao norte do país para tratar de negócios.
B) Às vezes é preciso cautela ao lidar com pessoas ansiosas.
C) "Estava à toa na vida..." 
D) Com certeza nos veremos nas próximas férias.
E) Vire à direita na próxima esquina.






















quarta-feira, 7 de junho de 2017

Concurso de redação


No mês de maio foram elaboradas pelos alunos  redações sobre o tema "Trabalho". Confiram as redações vencedoras  na íntegra!






O dia do trabalho
Júlia Maria Silveira - 7º ano


Neste dia
Poderia ter tido alegria
Mas foi uma gritaria
Nos Estados Unidos tiverem conflitos
Que ocasionaram nisto
Pessoas mortas
Famílias destruídas
Para conseguir melhoria de vida.
Mas o governo não coopera
Sempre nos desespera
Com leis modernas.
Sou estudante
Vou estudar
Para um dia poder trabalhar.
Desejar um país justo
Terá um grande custo
Neste país tão injusto.

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Indecisa indecisão

Milena Oliveira  Pires de Souza - 8º ano


Pra minha vida profissional eu desejo
Tão gostoso quanto um beijo
Uma carreira promissora
Que pode ser até professora
Ainda não consegui me decidir
Que carreira irei seguir.
São tantas opções
Que oferecem diferentes emoções
E até muitas complicações.
São tantas aventuras em que posso embarcar
Até minha profissão encontrar
Mas com outros no futuro vou estar
Conseguindo desfrutar.
Dinheiro não é tudo
Mas com ele garanto meus estudos
Sem o estudo
Não conseguirei mudar o mundo.
O mundo é uma roda-gigante
Onde não apenas quem é importante
Tem garantido o direito de ser estudante.
Por aqui encerro minha poesia
Na esperança de um dia
Alcançar minha profissão escolhida.


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W.O.R.K.
Leonardo Alves - 9º ano


Bom dia, 
Trabalhador acorda cedo,
todo dia;
pega ônibus lotado,
trânsito na rodovia
para ganhar salário mínimo,
mixaria.
Ninguém realmente vive
Sem ao menos um pão na mesa todo dia;
Sobrevivência não é vivência,
esse é o problema da maioria
Não consegue viver bem a própria vida
E deita à noite sem resquícios de alegria.


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A importância da informática no mercado de trabalho
Bianca Luisy Cabral - 8º ano


         Um fato decorrente dos grandes avanços tecnológicos introduzidos na sociedade vem preocupando os trabalhadores. Este é a troca da mão de obra humana pela mecânica, comprometendo assim o futuro do trabalhador.
        Essa troca é evidente nos dias atuais e, gera um impacto maior no futuro. No entanto, esta alteração não precisa ser necessariamente ruim, porém a sociedade vem demonstrando inflexibilidade quanto à adaptação deste recurso.
        É bem verdade sim que os robôs, as máquinas têm diminuído as vagas de emprego voltadas ao trabalho braçal, entretanto, ainda não foi criada uma tecnologia capaz de substituir a mente lógica do homem, portador este do cérebro inteligente. É importante ressaltar que as oportunidades de emprego continuarão existindo em larga escala, principalmente na área de programação e outras que exijam uma maior reflexão e profunda análise da situação, mas para isso, o homem precisa evoluir com a tecnologia.
       Portanto, a tecnologia pode ser utilizada de forma agregadora, pois substitui cargos exaustivos e degradantes até então exercidos pelo homens. Cabe então ao trabalhador se informar, ter conhecimentos acerca dessas novas tecnologias para então se encaixar nesse novo mercado de trabalho.

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quarta-feira, 15 de março de 2017

Mitologia: atividades

Compreensão de texto.

Leia atentamente o texto citado para depois responder às questões:









                                                                     ECO e NARCISO

                Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem pensar. Não conseguia ouvir em silêncio quando alguém estava falando. Sempre se intrometia e interrompia, nem que fosse para concordar e repetir o que o outro dizia. Um dia, fez isso com a ciumenta deusa Juno, quando ela andava pelos bosques furiosa, procurando o marido Júpiter, que brincava com as ninfas. A tagarelice de Eco atrasou a poderosa Juno, que resolveu:
                - De agora em diante, sua língua só vai servir para o mínimo possível.
                E a partir desse dia, a coitada da Eco só podia mesmo repetir as últimas palavras do que alguém dissesse. [...]
                Por isso, algum tempo depois, quando ela viu um rapaz belíssimo e se apaixonou por ele, tratou de ir atrás sem dizer nada, em silêncio. Esse rapaz se chamava Narciso e dizem que foi o homem mais bonito e deslumbrante que já existiu. Todo mundo se enamorava dele, que nem ligava.
                Eco ficou louca por Narciso e o seguia por toda parte. Bem que tinha vontade de se aproximar e confessar seu amor, mas não tinha mais sua própria fala... [...] Só lhe restava ficar escondida, por perto, esperando que ele dissesse alguma coisa que ela pudesse repetir.
                Um dia, o belo Narciso estava passeando no bosque com uns amigos, mas se perdeu do grupo e não conseguiu encontrá-los. Começou a chamar:
                - Tem alguém aqui?
                Era a chance da ninfa! E ela logo respondeu, ainda escondida:
                - Aqui! Aqui!
                Espantado, Narciso olhou em volta e não viu ninguém. Chamou:
                - Vem cá!
                Ela repetiu:
                - Vem cá! Vem cá!
                [...]
                O rapaz não desistiu:
                - Vamos nos encontrar...
                Toda feliz, Eco saiu do meio das árvores e correu para abraçá-lo repetindo:
                - Vamos nos encontrar...
                Mas ele fugiu dela, gritando:
                - Pare com isso! Prefiro morrer a deixar que você me toque!
                A pobre Eco só podia repetir:
                - Que você me toque... que você me toque...
                E saiu correndo, triste e envergonhada, para se esconder no fundo de uma caverna. Sofreu tanto com essa dor de amor, que foi emagrecendo, definhando, até perder o corpo, desaparecer por completo e ficar reduzida apenas a uma voz, repetindo as palavras dos outros – isso que nós chamamos de eco.
                Narciso continuou sua vida, sempre da mesma maneira. Sem ligar para ninguém, nunca se importando com os outros, brincando com o sentimento alheio. Até que alguém, que ele fez sofrer muito, rezou para Nêmesis, a deusa do Destino, e pediu:
                - Que ele possa amar alguém tanto como nós o amamos! E que também seja impossível que ele conquiste seu amor!
                Nêmesis ouviu essa oração. Achou que era justa e resolveu atender ao pedido.
                Havia no fundo do bosque um laguinho de águas cristalinas e tranquilas, onde nunca vinha um animal beber água e não caíam folhas ou galhos secos – um verdadeiro espelho. Era cercado por uma grama verdinha e macia, e muito fresco. Um lugar gostosíssimo. Um dia, no meio de uma caçada, Narciso passou por ali. Com sede resolveu tomar um pouco d´água. Deitando na margem, com a cabeça debruçada sobre o lago, ficou encantado pelo belíssimo reflexo que via. Nunca tinha se visto num espelho e não sabia que era a sua própria imagem. Mas imediatamente se apaixonou, maravilhado por tanta beleza. Ficou ali parado, contemplando aquele rosto mais bonito do que jamais vira. [...]
                Os amigos apareceram para procurá-lo, mas ele não deu atenção. Chamaram-no para ir embora, mas ele ficou. Olhando o reflexo no lago. [...]
                Muito tempo Narciso ficou ali, sem comer nem dormir, admirando aquele ser por quem estava tão apaixonado. Chorou – e suas lágrimas caíram sobre a imagem, que chorava com ele, e ficou turva.
                - Ai de mim! – gemia ele.
                A única resposta que tinha era de Eco, sempre escondida:
                - Ai de mim!
                Desinteressado de tudo, cada vez mais fascinado por si mesmo, foi definhando. Ao perceber que ia morrer, suspirou:
                - Adeus!
                Fechou os olhos, deixou cair a cabeça sobre a grama. Na água, o rosto sumiu. Só Eco respondeu:
                - Adeus!
Mais tarde, os amigos voltaram. Mas já o encontraram morto. Prepararam tudo para o funeral, mas, quando vieram pegar o corpo, não estava mais lá. Em seu lugar nascera uma flor perfumada e linda, com uma estrela de pétalas brancas em volta de um miolo amarelo. Para sempre chamada de narciso.

                                                         Ana Maria Machado – Histórias greco-romanas – Editora  FTD


1. Indique os protagonistas da história.
2. Quem são os antagonistas das personagens principais?
3. Qual é a característica mais marcante de cada protagonista?
4.  De que maneira essa característica interfere no destino de cada um?
5. O mito de Narciso tornou-se tão conhecido que até hoje se usa o adjetivo narcisista. Lembrando-se da história, explique o que esse adjetivo quer dizer.
6. Os mitos são histórias antigas, de uma época em que os homens acreditavam que seres sobrenaturais ou deuses ainda se ocupavam da criação do mundo ou de parte dele. Por isso o tempo não está claramente definido. Que expressões do texto comprovam um tempo não definido?
7. Alguns mitos tinham como objetivo explicar algum fenômeno natural. No caso da história de Eco e Narciso isso ocorre? Explique.
8. Em uma folha à parte (sulfite ou A3), produza  um desenho sobre uma cena retratada na história.

Conto maravilhoso: atividades

Conto de fadas para Mulheres Modernas




Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de autoestima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…
… E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a  priincesa sorria e pensava: – Eu, hein?… nem morta!
(Luís Fernando Veríssimo)

Compreensão do texto:

1. Pode-se afirmar que a princesa possui uma atitude típica das heroínas de contos de fada? Explique sua resposta.

2. Em um conto de fada clássico, qual seria o desfecho desse conto?

3. Qual o conceito de “Felizes para sempre” para o príncipe?

4. Em sua opinião, qual o conceito de felicidade na visão da princesa?

5. Quais adjetivos são usados para definir a princesa? Esses adjetivos condizem com a atitude que ela toma no fim do conto? Justifique.

6. O título do texto nos dá ideia do que encontraremos nesse conto? Caso sim, explique qual a posição da mulher moderna?

7. Qual o dito popular que define melhor a ideia central do conto de Luís Fernando Veríssimo?

(a) Melhor um na mão do que dois voando.
(b) Sempre existe um sapato velho para um pé doente.
(c) Antes só do que mal acompanhada.
(d) Quem ama o feio bonito lhe parece.

(e) Quem cospe para cima na cara lhe cai.