terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A origem da língua portuguesa

Atividades - variedade linguística - 6º ano

Analise cada texto ou imagem citada e, em seguida, associe-as às definições que se encontram entre parenteses:
(variedade histórica- variadade regional - variedade social)

a)


b)




c)


d)


e)


f)
Antigamente"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." (C.D.A)

Sotaques no Brasil

preconceito linguístico - 6º ano

O que  é preconceito linguístico?

Preconceito linguístico é quando alguém critica outra pessoa pela sua expressão verbal ou mesmo escrita, é uma forma de preconceito a determinadas variedades linguísticas.
Segundo os linguistas, a noção de correto imposta pelo ensino tradicional origina um preconceito contra as variedades não-padrão.

 Variação linguística e preconceito
Da mesma forma que a humanidade evolui e se modifica com o passar do tempo, a língua acompanha essa evolução e varia de acordo com os diversos contatos entre os seres pertencentes à comunidade universal. Assim, é considerada um objeto histórico, sujeita a transformações, que se modifica no tempo e se diversifica no espaço. Existem quatro modalidades que explicam as variantes linguísticas:
1.     variação histórica (palavras e expressões que caíram em desuso com o passar do tempo);
2.     variação geográfica (diferenças de vocabulário, pronúncia de sons e construções sintáticas em regiões falantes do mesmo idioma);
3.     variação social (a capacidade linguística do falante provém do meio em que vive, sua classe social, faixa etária, sexo e grau de escolaridade);
4.     variação estilística (cada indivíduo possui uma forma e estilo de falar próprio, adequando-o de acordo com a situação em que se encontra).

Exemplos de variação e de preconceito linguístico

Assaltante Nordestino
–Ei, bichin… Isso é um assalto… Arriba os braços e num se bula nem faça muganga… Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu to com uma fome da moléstia…

Assaltante Baiano
– Ô meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto… (longa pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não… (longa pausa). Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado… Vai
passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa). Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta, meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada


Assaltante Paulista
– Orra, meu… Isso é um assalto, meu… Alevanta os braços, meu… Passa a grana logo, meu… Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Corinthians, meu… Pó, se manda, meu…


Obs.

Ao se tratar da forma como cada um dos falantes  se expressam, temos uma variação linguística regional...

mas:

Se um indivíduo debocha da forma como esses falantes se expressam, aí temos o chamado preconceito linguístico.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Conto fantástico - O gato Preto/atividades - 9º ano


Atividade programada:

1. Pesquisar em sites dirigidos a biografia do escritor Edgar alan Poe.
2. Ler atentamente o conto "O gato preto" datado em 14/08/2011.
3. Reler o conto identificando as palavras desconhecidas.
4. Através de pesquisas direcionadas, conceituar o Conto Fantástico.
5. Trazer suas impressões para sala de aula a fim de promover uma discussão acerca do assunto.



Obs.
Imprimir ou copiar o conto.
Realizar as atividades propostas no caderno.

Sites sugeridos:

http://tbcoc.blogspot.com/2008/03/o-que-conto-e-conto-fantstico.html
http://www.brasilescola.com/literatura/o-conto-fantastico.htm

A entrevista - 6º ano

A entrevista


                Foi mais ou menos assim que aconteceu a reportagem de Mariovaldo Lourenço com seu Durvalino da Silva, lá pras bandas de Ponte Pequena:
                ¾ Bom dia, seu Durvalino!
                ¾ Dia, seu moço.
                ¾ Estou aqui para fazer uma reportagem sobre a sua vida de lavrador, pode ser?
                ¾ Uai, sô! Se eu num tivé que pagá nada...
                ¾ Não, não. Pode ficar tranqüilo que é de graça.
                ¾ Qué dizê que vô saí no jornar da cidade?
                ¾ Vai, sim senhor, mas primeiro terá que responder algumas perguntas que vou lhe fazer, certo?
                ¾ Óia, seu moço, é de graça mesmo?
                ¾ É, seu Durvalino, é de graça. Posso começar?
¾ Se fô de graça mesmo, pode.
¾ Onde o senhor nasceu?
¾ Nasci aqui mesmo em Ponte Pequena, sim senhô.
¾ Estado civil?
¾ Vô dizê umas coisas pro senhô, seu moço; esse negócio de política, eu não entendo não.
¾ Não é política não, seu Durvalino. Eu quero saber se o senhor é casado.
¾ Ah, bão! Pra lhe falá a verdade, sou, sim senhô, de paper passado e tudo. Tá lá a Conceição que num me deixa menti.
¾ Não é preciso comprovar, seu Durvalino, sua palavra basta. O senhor possui prole?
¾ Bão, seu moço, prole das grandes eu num possuo não. Se o senhô oiá dereito, pode vê que meu sítio é dos pequenininhos, tá mais pra prolezinha mesmo, sim senhô.
¾ Desculpe, seu Durvalino, eu vou ser mais claro. O senhor possui filhos?
¾ Ah! Prole é fio?
¾ É, seu Durvalino.
¾ Antão eu possuo, sim senhô.
¾ Quantos?
¾ Óia, seu moço, eu num sô muito bão das aritimética, não senhô. Mas tenho um punhado, sim senhô.
                ¾ Certo, mas eu preciso saber o número exato de filhos. O senhor me diga os nomes, que eu faço a soma, tá bem?
                ¾ Tá bão, sim senhô. Mas óia que é guri que num acaba mais!
                ¾ Não tem importância, seu Durvalino. Pode dizer.
                ¾ Sim senhô, seu moço. Bão, de fio hômi, eu tenho o Valdi, o Valdemá, o Valdiano, o Valdo, o Vantuí e o Valenciano que a Conceição pariu o meis passado. E de fia muié, eu tenho a Valdirene, a Valdivina, a Valdiciana, a Valquíria, a Valéria, a Valmeire e a Gertrudes, sim senhô.
                ¾ Puxa vida, treze filhos! Mas só por curiosidade, seu Durvalino, por que a Gertrudes tem nome totalmente diferente das demais?
                ¾ É que a Gertrudes é de criação, sim senhô. E óia que ela tá veia e ainda sai muito leite das suas teta. Óia o Valdemá tirando leite dela lá!
¾ Quer dizer que a Gertrudes é aquela vaquinha ali?
¾ É, sim senhô. Nóis trata ela como se fosse da famia.
¾ Então na verdade são doze filhos. O senhor é um herói, hein, seu Durvalino?
¾ Sô não, seu moço. Eu sô hômi mesmo.
¾ Eu tô vendo, eu tô vendo. Como é que o senhor faz para sustentar tanta gente assim?
¾ Eu pranto, sim senhô. Nóis cóie tudo que a terra dá. Na mesa num farta nada. E ainda tem a Gertrudes pra garanti os leite das criança, sim senhô.
¾ E o senhor se sente um homem feliz aqui no sítio?
¾ Pra falá a verdade, seu moço, sinto, sim senhô. Num farta nada, tenho minha terrinha, minha muié, meus fio, minha Gertrudes. E óia que o Valdemá inda tá tirando leite dela, eu num falei pro senhô? Eta vaquinha das boa, sô! O senhô num qué prová um tiquinho do leite dela?
¾ Não obrigado, seu Durvalino. Agora, pra terminar, vamos tirar uma foto da família reunida, que é pra sair amanhã cedo no jornal, certo?
¾ Certo, sim senhô, seu moço! Ô Conceição, ô Conceição! Vai passá prefume e chama toda a gurizada, que nóis vai tirá fotografia!
¾ Está todo mundo aí, seu Durvalino?
¾ Tá, sim senhô, seu moço.
¾ Ótimo, então lá vai!
¾ Peraí! Peraí, seu moço. Tá fartando gente! Tá fartando gente!
¾ Está não, seu Durvalino. Eu contei, está todo mundo aí.
¾ Óia, seu moço, e o senhô acha que a Gertrudes ia ficá de fora! De jeito manera, sim senhô! ( Alexandre Azevedo. Que azar, Godofredo! São Paulo, Atual, 1989).


Questões:

1. Qual é o assunto central deste texto?

2. Tendo com referência as falas de seu Durvalino e Mariovaldo, explique a diferença entre o  modo de falar de cada um deles.

3. Quem são os personagens do texto?

4. Por quantos parágrafos o texto é formado?

5. Por que esta história é engraçada? Comente.

6. Re-escreva os parágrafos 3,º 5º, 7º , 9º e 11º de modo a prevalecer a norma padrão da lingua portuguesa.

7. A maneira de seu Durvalino falar é considerada errada? Explique.

8. Pesquise em jornais, revistas, panfletos, sites direcionados ou em outras fontes que julgar necessárias exemplos de variação linguística, podendo ser regional, histórica, cultural, padrão ou  social.
Obs. Ao responder o exercício de número 8, não se esqueça de citar a fonte consultada.
As perguntas e respostas devem ser copiadas no caderno.